Henrique Lima Santos Filho, o Reco do Bandolim, é baiano de Salvador. Chegou a Brasília ainda adolescente e participou de bandas de rock, nos primórdios do movimento musical que projetaria a cidade na década de 80.

Mas a descoberta do bandolim e os discos do mestre Jacob Bittencourt despertaram uma paixão definitiva pelo Choro, e a guitarra foi definitivamente colocada de lado.

Participou do grupo de fundadores do Clube do Choro de Brasília, em 1978, e forjou seu estilo em rodas musicais ao lado dos mestres Waldyr Azevedo, Avena de Castro, Alencar 7 cordas, Armandinho Macedo e Pernambuco do Pandeiro. Presidente do Clube do Choro de Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, Reco do Bandolim é ainda jornalista profissional e radialista.

Dono de um estilo refinado, de interpretações elaboradas, onde a emoção e a sensibilidade convivem com o requinte e o virtuosismo, Reco se declara eterno discípulo de Jacob do Bandolim. Tem quatro discos gravados, dois pelo setor de pesquisas do Banco do Brasil e dois independentes, entre os quais se destaca o “Reco do Bandolim & Choro Livre”, com mais de cinco mil cópias vendidas. Aliás, a versão de “Retratos – Pixinguinha”, do mestre Radamés Gnatalli, constante desse CD, foi escolhida para figurar num disco que reúne as dez maiores interpretações de bandolinistas brasileiros.